domingo, 3 de fevereiro de 2013

Capítulo 14

Agosto de 2009, Sala do 3º Ano do Ensino Médio, durante alguma aula qualquer.

A garota de cabelos castanhos está feliz por sua amiga Fê, havia recebido dela o convite para seu casamento e preparava-se, com ansiedade, para a cerimônia daqui a alguns dias.
Lembrou alguns fatos engraçados e desagradáveis que aconteceram, relacionados a casamentos. O primeiro casamento de uma das amigas que ela esteve presente. Foi algo engraçado. Andara a pé com Sol, Fê e o casal, Tassi e Hamilton, por toda linha do trem até chegar na chácara onde era a cerimônia. Foi em 2007, primeiro ano do colegial. Após a cerimônia, Tassi e o namorado foram embora. A amiga, acostumada com AllStar, estava incomodada com o salto da sandália e voltou para casa. A garota de cabelos castanhos continuou na festa com Sol e Fê, tiraram fotos e aí começa a parte engraçada da história.
Durante a festa, as irmãs de Tata, que casava, inventaram de fazer a noiva passar o sapato para as mulheres, enquanto o noivo passava a gravata aos homens. Ela não tinha levado sapato reserva. Acabou que a garota de olhos verdes e uma das irmãs da noiva praticamente ajudaram ela a passar por toda a festa pulando em um pé só, segurando o sapato nas mãos.
A festa acabou tarde, as três meninas tinham medo do pontilhão de trem a noite. Conseguiram uma carona. Com quem? Com os noivos. Foi a última piada da festa, todas riram, gritavam para os noivos que estavam levando muitas malas, enquanto as três garotas se espremiam no banco de trás junto aos presentes. Foi um dia hilário.
O próximo casamento de que se lembrou foi o de Bruna, uma colega não tão amiga, mas que se aproximava por estar no grupo. Essa não foi uma lembrança boa, não fora convidada ao casamento, com a desculpa de que Bruna já sabia que ela não iria. Ficou chateada, mas decidiu ignorar. Tinha orgulho, não era aquilo que a abalaria. Voltou sua atenção novamente para a aula, de que era mesmo? Não viu a professora na sala quando virou-se para a lousa, mas continuou a copiar a matéria assim mesmo.

Casa de Lucas, Quarto de Angela, Agosto de 2009.

Angela está pensativa. Sente um enorme impulso de fazer uma festa. Um dia muito especial está se aproximando, ela não entende muito bem o porque, já que não é seu aniversário ou coisa parecida, mas era como se fosse.
Está ficando entristecida pois não haverá comemoração. Apesar de não saber o motivo pelo qual comemorar, sente como se algo lhe faltasse se aquela data passasse em branco.
- Ainda faltam dois meses, alguma coisa ainda pode acontecer.
A loira pensava que uma festa seria o ideal. Uma festa de arrasar. A data não poderia passar em branco, como poderia? Eram 18 anos. Angela fixou seus olhos azuis no espelho diante de si.
- 18? Já passei dos 18 a muito tempo. Como posso querer comemorá-los em plenos 26?
Ela desligou o computador, estava com o coração apertado. Deitou-se na cama e dormiu.

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